O que é dar Amor
Categoria: Palestra / Gravado: 09/05/2000 O que é dar Amor Por que não se deve matar. A religião tem autoridade sobre a lei secular. Como
HISTÓRIA DE VIDA: A Lei da Felicidade
(Relato publicado na Revista Happy Science nº 53: Hiroshi Kurakague – 20 anos)
Os maiores dramas da vida
Dramas feitos de alegria, raiva, tristeza e prazer
“Serei grato a todos … sempre …”
Foi numa tarde de sábado, do dia 22 de Novembro do ano passado, que Hiroshi Kurakague partiu deste mundo tão jovem … com apenas 20 anos de idade.
O jovem Hiroshi estava com o seu carro estacionado diante das escadarias de um Templo e, juntamente com o seu amigo, tentava colar o insu-film nos vidros do veículo. Hiroshi cortava o filme, sentado nos degraus da entrada principal do Templo. O seu amigo que descia do carro depois de dar a ré, foi surpreendido pelo súbito movimento do veículo. Ele pulou novamente para dentro do carro e pisou no freio. Aliás, na realidade ele acabou pisando fundo no acelerador, confundindo-o com o freio.
Hiroshi que estava bem atrás, ficou preso entre o carro e os degraus, e teve praticamente uma morte instantânea.
“Por que isto teve que acontecer?”.
Ninguém se conformava com aquele acidente. Quando o seu pai, o senhor Ikuo Kurakague, e a sua mãe, senhora Sumie, chegaram às pressas ao Hospital, Hiroshi já estava com as pupilas dilatadas.
“Deus, salve o meu filho” assim orava a senhora Sumie, com toda a sua força.
“Não posso acreditar que isto tenha acontecido com o meu filho…” profundamente chocado, o senhor Ikuo viu tudo escurecer diante dos seus olhos.
Naquela noite, vendo o álbum de fotografias de Hiroshi, a sra Sumie não parava de chorar, recordando a infância do seu filho.
Hiroshi era um bebê de pele clara, e um rostinho lindo como de uma menina. Até a idade que frequentou o ginásio, possuía estatura pequena e aparentava ser tímido e retraído. Mas seus pais ficaram despreocupados quando ouviram o professor dizer “É um menino muito divertido e animado”. Hiroshi era um jovem amável e gentil, que cuidava das crianças com carinho nas . ocasiões em que os parentes e amigos se reuniam em sua casa, como no Ano Novo por exemplo. Era muito amado pelas pessoas, e mesmo depois que terminou o colegial continuava cercado por muitos amigos. Tinha também uma namorada.
Ao lado do corpo do seu filho Hiroshi, a senhora Sumie não parava de chorar.
“Foi pelos nossos filhos que batalhamos tanto até hoje. Já não consigo acreditar nem em Deus, nem em Buda…” Naquele momento o senhor Ikuo não pôde evitar a revolta contra o destino, apesar de ser um devoto desde jovem.
No dia seguinte, o amigo de Hiroshi que havia provocado o acidente, compareceu à casa do senhor Kurakague, acompanhados pelos seus pais. Hiroshi e seu amigo foram companheiros de escotismo, desde a época do primário. Ambos tinham sido monitores sob a liderança do senhor Ikuo, e tinham sido colegas de classe no ginásio. Ele era como um irmão para Hiroshi e como um filho para senhor Ikuo. O senhor Ikuo não teve a coragem de culpá-lo pela morte de seu filho Hiroshi. Ao vê-lo cabisbaixo no corredor, sem coragem de entrar no aposento onde estava sendo velado o corpo de Hiroshi, o senhor Ikuo se compadeceu profundamente com ele e pensou “E se fosse o contrário, e se Hiroshi é que o tivesse atropelado?”.
Naquele mesmo momento, algumas cenas de um filme, atravessaram pela cabeça do senhor Ikuo. Eram partes do filme “As terríveis profecias de Nostradamus” (lançado pela Happy Science) que ele e a sua esposa haviam assistido uma semana antes do acidente, e que mostravam o cenário da reencarnação humana, do compromisso selado no outro mundo entre marido e mulher ou entre pais e filhos.
“Pode ser que Hiroshi e seu amigo estiveram em posição oposta, ou quem sabe, não foram pai e filho ou irmãos na encarnação passada?”
Ao pensar assim, o senhor Ikuo pôde suportar a dor que parecia esmagá-lo. Muito tempo depois, o casal Kurakague disse “Só pelo simples fato de não termos sentido ódio no coração, achamos que fomos salvos”.
O enterro foi numa segunda-feira . Neste dia, apesar de ser um dia de expediente, compareceram cerca de setecentas pessoas, desde jovens colegiais até pessoas de idade. Também na residência, até o dia da missa do quadragésimo nono dia de seu falecimento, os amigos de Hiroshi não pararam de visitar a família para manifestar o seu pesar e acender o incenso em homenagem à sua alma. Assim, os familiares acabaram conhecendo um perfil oculto de Hiroshi.
Souberam que Hiroshi, como funcionário da Estação de trem de Nagano, fazia questão de cumprimentar a todos com sorriso, enquanto examinava os seus bilhetes. Que tinha o hábito de ouvir os problemas dos seus subordinados e os aconselhar. Souberam também que, comovido com a situação de um estudante, que havia perdido o último trem, Hiroshi havia levado-o para a casa em seu carro. O casal Kurakague ficou muito feliz ao saber que Hiroshi, em sua breve existência, havia ajudado tantas pessoas!
Logo depois da missa de sétimo dia de falecimento, a senhora Sumie e seu filho mais velho Mitsune (22 anos), encontraram uma espécie de anotações de Hiroshi e ficaram surpresos ao lê-las.
“Na vida não existe derrota. Todas as vezes que tropeçar é preciso descobrir a causa desse tropeço praticando a reflexão, e seguir em f rente. O importante é a reflexão, pensar antes de agir”. “Eu sou movido e vivificado pela força dos outros. Se não existissem a força e o coração de outras pessoas talvez eu seria como um simples cadáver… Serei grato a todos… sempre”.
Desde quando Hiroshi era pequeno, o casal havia lhe falado sobre a existência de Deus, mas ao descobrir a seriedade com que seu filho encarava a vida, eles se sentiram obrigados a refletirem sobre muitas coisas.
Eles encontraram também um livro que falava sobre Nostradamus. Interpretando isto como mensagem de Hiroshi, os dois foram novamente ao cinema. O filme lhes tocou o coração, muito mais que da primeira vez.
O casal sentiu seu coração se tranquilizar, pois parecia ouvir Hiroshi lhes dizer “O outro mundo realmente existe, e a alma é eterna. Papai e mamãe, não se preocupem que eu estou bem no mundo de cá. Procurem viver as suas vidas plenamente”.
A entrada deste ano foi muito triste com a ausência de Hiroshi. O casal Kurakague, dedicou-se à leitura dos livros da Verdade, com o objetivo de conhecer o significado do acidente, e esquecer a tristeza. A medida que foram compreendendo o objetivo e a missão da vida, efetivamente foram se curando daquela profunda tristeza da perda de um filho.
Com a morte de Hiroshi, os dois encontraram a verdadeira fé. O senhor Ikuo, atualmente possui uma fábrica. Desde jovem pertencia a uma religião, e costumava ampará-la financeiramente, mas hoje ele entende que fazia aquilo buscando retribuição. Ele entendeu que no íntimo pensava
“Está saindo barato se eu posso expiar o meu pecado com essas doações” “Quem sabe esse dinheiro não irá retornar a mim, quando precisar dele?”
No entanto, hoje ele nos conta sorrindo “Agora que entendi o significado do amor que se dá, não tenho mais apegos. Hoje não trabalho visando o lucro e percebo que estou sempre orando pela felicidade dos meus funcionários. Antes sentia muito peso nos ombros e fortes dores nas costas, mas hoje vivo muito contente e feliz”.
Os parentes também ficaram impressionados com a imagem do casal, que foi se recuperando da tristeza. Todos foram se interessando pela mesma crença, e começaram a encarar a morte de Hiroshi de forma positiva. Hoje, meio ano depois do acidente o casal nos diz:
“Sempre acreditei que os filhos não são propriedades nossas e algo emprestado de Deus. Nós o devolvemos a Deus … um pouco cedo, talvez…”
“Hiroshi viveu pouco, mas acredito que fez tudo que era preciso. Será que ele não foi chamado para retornar ao outro mundo porque precisam muito dele lá? Hoje o encaramos como um “professor” que nos orientou …”
Pode ser que o casal Kurakague não tenha se curado inteiramente da tristeza. Mas com certeza descobriu o significado da vida lá no fundo da tristeza, e também viu nascer uma nova esperança.
“Hoje a nossa esperança é reencontrar Hiroshi no Céu. E para isso precisamos nos esforçar para fazer algo em benefício do mundo e das pessoas. E é graças a Hiroshi que hoje somos capazes de pensar desta forma”.
A morte de um jovem, ensinou à família e a muitas pessoas, uma nova maneira de viver.
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